A realidade financeira do Município determinou o encolhimento da São Leopoldo Fest. Ontem, o prefeito em exercício, Daniel Daudt (PMDB), e o secretário de Desenvolvimento e Tecnologia, Sandro Cassel, divulgaram o formato do evento na cidade de São Leopoldo em 2013. Segundo eles, uma festa alusiva à imigração alemã adaptada à realidade financeira do Município do Estado do Rio Grande do Sul.

De volta ao Centro, no Ginásio Municipal e Largo Rui Porto (ano passado foi no Centro de Eventos, na Avenida São Borja), ao invés de 10 dias, como nos últimos anos, desta vez serão quatro. De 22 a 25 de julho ou de 25 a 28 de julho. Datas exatas não foram definidas.

Por economia, shows nacionais estão descartados. “Teremos a festa com otimização de recursos, criatividade, empreendedorismo e gestão”, disse Daudt. Segundo ele, nos últimos anos a festa gerou prejuízos.

A Prefeitura Municipal da cidade São Leopoldo divulgou ontem que,em 2012, a festa custou R$ 2,7 milhões e a nova administração herdou dívida de cerca de R$ 1,5 milhão do evento.A nova gestão diz ter pago R$ 500 mil dessa dívida utilizando parte do R$ 1,265 milhão do orçamento da festa deste ano (que agora tem R$ 765 mil de orçamento máximo).

Restando ainda dívida de cerca de R$ 1 milhão. O ex-prefeito Ary Vanazzi (PT) admite pendências de pagamentos da festa de 2012. Alega que patrocínios não se confirmaram. “Dos R$ 2,7 milhões,R$600 mil foram na estrutura do Centro de Eventos. Não só para a festa, mas ao patrimônio da Prefeitura.”

Festa com R$ 300 mil

O secretário Sandro Cassel garante ser possível fazer o evento com R$ 300 mil dos cofres públicos, buscando patrocínio com empresas de bebida, gastronomia e outras. “Particularmente, defendi que neste ano não houvesse a festa, mas a maioria optou por ela em quatro dias, inclusive porque é o ano da Alemanha no Brasil. Mas seremos severos nos gastos e 30 dias após a festa faremos a prestação de contas em ato público”, disse Cassel.

A maior atração será, com entrada gratuita, o gaúcho Renato Borghetti, o Borghettinho, (em data a definir), que segundo Cassel será bancado via emenda parlamentar de R$ 100 mil do deputado federal leopoldense, Alexandre Roso (PSB).Cassel também quer reforçar a origem da festa, que é a imigração alemã.“Não haverá capeta e nem descascador de batata”, ironizou Sandro, em alusão a edições anteriores do evento.

Fonte: Jornal VS